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Rabu, 28 Desember 2016

Historia Ibnu Sina (Avicena)

Hakim Ibn-e-Sina (980 d.C. – 1037) foi o mais talentoso médico do período entre a época do Império Romano e o surgimento da ciência moderna no século XVI. Conhecido também por seu nome latino, Avicena, sua influência se estendeu por todo o mundo islâmico e pela Europa ocidental da Idade Média.

Ibn-e-Sina nasceu no atual Usbequistão, que naquela época fazia parte da Pérsia. A casa de seu pai, um cobrador de impostos, era ponto de encontro de estudiosos e Ibn-e-Sina cresceu estudando a lei islâmica, literatura e medicina.

Contexto‎

Avicena criou um extenso corpus literário durante a época geralmente conhecida como "Era de Ouro do Islão", na qual traduções de textos greco-romanos, persas e indianos foram extensivamente estudados. Textos greco-romanos (médio,neoplatônicos e aristotélicos da escola de ‎Kindi foram comentados, foram novamente editados e foram substancialmente desenvolvidos pelos intelectuais islâmicos, que também evoluíram a partir de sistemas matemáticos, astronômicos, de álgebra,trigonometria e medicina hindus e persas‎. A‎ dinastia Samânida, na parte oriental da Pérsia, chamada de Coração e na Ásia Central e também a dinastia Búyida na parte ociental da Pérsia e do Iraque estimularam uma atmosfera propícia para o desenvolvimento cultural e acadêmico. Sob os Samânidas. Bucara rivalizava com ‎Bagdá como a capital cultural do mundo islâmico.

O estudo do Corão e do Hadith floresceu neste ambiente. A filosofia (Fiqh) e a teologia (Kalam) também se desenvolveram, principalmente pelas mãos de Avicena e seus adversários. Al-Razi e Al-Farabi providenciaram a metodologia e o conhecimento necessário sobre medicina e filosofia. Avicena teve acesso às grandes bibliotecas de Balkh, Corásmia, Gorgan,Rey, Ispaã e Hamadã. Vários textos (como o 'Ahd with Bahmanyar) mostram que ele debateu pontos filosóficos com os grandes acadêmicos de seu tempo. Aruzi Samarqandi descreve como Avicena, antes de deixar Corásmia, conhecera Abu Rayhan Biruni (um famoso cientista e astrônomo), Abu Nasr Iraqi (um renomado matemático), Abu Sahl Masihi (um respeitado filósofo) e Abu al-Khayr Khammar (um importante médico).

A única fonte de informações para a primeira parte da vida de Avicena é a sua autobiografia, escrita por seu discípulo, Jūzjānī. Na falta de outras, é impossível ter certeza do quanto dela é verdadeiro. Já foi notado que ele usa sua autobiografia para avançar a sua teoria do conhecimento (de que é impossível para um indivíduo adquirir informações e compreender a ciência filosófica aristotélica sem ser um mestre) e já se questionou se a cronologia dos eventos descrita não está ajustada para se conformar de forma mais perfeita ao modelo aristotélico. Em outras palavras, se Avicena descreveu a si estudando na "ordem correta". Porém, dada a ausência de quaisquer outras evidências, o relato deve ser tomado pelo literalmente.

Avicena teria nascido por volta de 980 d.C. perto de Bucara (atualmente no ‎Uzbequistão, a capital dos Samânidas, uma dinastia persa na Ásia Central e noGrande Coração. Sua mãe, chamada Setareh, era também de Bucara‎, enquanto que seu pai, Abdullah, seria um respeitado acadêmico Ismaili ‎de ‎Balkh, uma importante cidade do Império Samânida, no que é hoje a Província de Balkh, no Afeganistão. Seu pai foi, na época do nascimento de seu filho, o zelador das propriedades do samânida Nuh ibn Mansur. Ele educou seu filho cuidadosamente em Bucara e diz-se que não havia mais nada que ele não tivesse aprendido já aos dezoito anos.

De acordo com a sua autobiografia, Avicena já tinha memorizado todo o Corão ‎aos dez anos. Ele aprendeu aritmética indiana de um verdureiro indiano e começou a aprender mais de um sábio errante que ganhava a vida curando os doentes e ensinando os jovens. Ele também estudou a Fiqh sob o acadêmico hanafi Ismail al-Zahid.
Filosofia de Avicena‎

Ibn Sīnā escreveu extensivamente sobre afilosofia islâmica primitiva, especialmente nos temas de lógica, ética e metafísica. A maior parte de suas obras foram escritos em árabe, que era a linguagem científica ‘’de facto’’ na época no Oriente Médio, e algumas em persa.

Na Idade de ouro islâmica, por causa do sucesso de Avicena em reconciliar oneoplatonismo e o aristotelianismo ‎juntamente com o Kalam, o “avicenismo” eventualmente se tornou a principal escola de filosofia islâmica já no século XII, com Avicena assumindo um papel de autoridade maior no assunto.‎

O “avicenismo” também teve influência na Europa medieval, particularmente as suas doutrinas sobre a alma e a distinção entre existência-essência, principalmente por causa dos debates e tentativas de censura que elas provocaram na Europa escolástica. Essa situação foi particularmente visível em Paris, onde o “avicenismo” foi proscrito em 1210. Mesmo assim, a sua psicologia e a sua teoria do conhecimento influenciaram William de Auvergne e Alberto Magno, enquanto que a sua metafísica teve impacto no pensamento de Tomás de Aquino.‎

Obras‎

Al-Qanun - O Cânone da Medicina;
Kitab al-Shifa;
Al-Najat;
Al-Hidaya;
Al-Isharat wa'l-tanbihat.
O Cânone da Medicina Editar
A sua principal obra médica é o enciclopédico al-Qanun (ou "O Cânone da Medicina"), mais importante no seu tempo que a obra de Rasis ou de Galeno.‎

O Cânone foi iniciado em Gorgan, depois em Ray e completado em Hamadã e é o maior trabalho desenvolvido por Avicena, com cerca de um milhão de palavras. Essa obra foi muito bem-recebida pela comunidade científica e compreendia 5 livros (I- Generalidades, II- Matéria médica, III- Doenças da cabeça aos pés, IV- Doenças não específicas de órgãos, V- Drogas compostas)

A parte farmacêutica encontra-se nos livros II e V, que invocam, respectivamente, medicamentos simples e medicamentos compostos. O livro II divide-se em duas partes, a primeira acerca das propriedades das drogas (qualidades, virtudes e modos de conservação) e a segunda consiste numa lista de fármacos e as suas virtudes terapêuticas, ordenados alfabeticamente. Ambos os livros contêm uma lista extensa de medicamentos simples, tratados sobre venenos, uma seção acerca da preparação e manipulação de medicamentos e ainda uma longa lista de receitas e fórmulas medicinais. Muito dessa informação é proveniente em Dioscórides e Galeno, mas Avicena introduziu e argumentou grandes novidades, com drogas utilizadas porárabes, persas, indianos e gregos.

Seu Cânone foi traduzido posteriormente, no século XIII, para o latim por Gerardo de Cremona e posteriormente impresso e reimpresso por toda a Europa. Depois de Avicena e até o século XVIII, todo o trabalho farmacêutico na matéria médica foi influenciado pelo seu trabalho. Foi o livro de estudo adotado nas universidades de Montpellier e Louvain até 1650. Ficou conhecido como o príncipe dos médicos, por seu Cânone.

A vasta informação fornecida pelo o Al-Qanun, apelou a numerosos comentários e notas (até o século XIX). Além do Al-Qanun, Ibn Sina escreveu cerca de 40 trabalhos médicos, a maioria preservados na forma de manuscritos.

Com 17 anos de idade, curou o rei Mansur de Bukhara de uma doença, depois de outros médicos terem fracassado. Como pagamento, Ibn-e-Sina pediu permissão para usar a Biblioteca Real. Ele foi médico da corte até a queda do reinado, em 999 d.C., e depois viajou extensamente, trabalhando durante o dia como médico e se reunindo à noite com as mentes brilhantes da região para discussões filosóficas e científicas.

Ibn-e-Sina se estabeleceu em Hamadan, no Irã, principal rota comercial entre Teerã e Bagdá. Médico de diversos sultões, ele desfrutou de fama e bons rendimentos, e enquanto morou em Hamadan, escreveu extensamente. Sua obra mais longa é o Kitab al-Shifa (O Livro da Cura) – uma enciclopédia de medicina, ciência natural, lógica e filosofia. Ibn-e-Sina trouxe ceticismo ao estudo da alquimia, a crença de que era possível obter ouro a partir de metais básicos como o chumbo.

Com a morte do príncipe para quem trabalhava em Hamadan, em 1022, Ibn-e-Sina mudou-se para Ispahan, na região central do Irã, onde terminou o Al-Qanun Fil-Tibb (Cânone da Medicina). Neste livro, ele descreveu as maiores realizações dos médicos gregos e romanos, e listou sistematicamente 760 drogas e preparados médicos. Ibn-e-Sina reconheceu a natureza contagiosa da tuberculose e o papel da água na disseminação de doenças, foi o primeiro a descrever a meningite e ainda fez uma descrição detalhada das partes do olho.

Em Isfahan, foi médico de Ala ad-Daula. Enquanto acompanhava o príncipe em uma campanha militar para capturar Hamadan, Ibn-e-Sina caiu doente e morreu. O lugar onde está enterrado em Hamadan acabou se tornando um grande ponto de visitação.

Após sua morte, suas obras foram traduzidas para o latim e ficaram disponíveis aos pensadores europeus. Seus livros serviram como bibliografia básica nas escolas de medicina por quatro séculos. Nos 50 anos que se seguiram à invenção da prensa tipográfica, Cânone da Medicina foi impresso 15 vezes. Seu relato ainda é a base dos testes clínicos modernos de eficácia de drogas medicinais. Ibn-e-Sina demonstrou que o medicamento deve ser usado em um paciente que tenha apenas uma doença; que deve provar ser eficaz em todos ou quase todos os casos; e que testes feitos apenas em animais não provam sua eficácia nas pessoas.‎

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